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ENSINO

Base Nacional Curricular Comum última versão 2016

Projeto Arquitetos do Planeta

 

Apresentação

 

            O projeto visa incentivar os alunos a se permitirem um mergulho em sua intersubjetividade, e dela extrair o que de bom ele pode oferecer para melhorar a vida do próximo, da comunidade, do país e do planeta, e despertá-los para que eles possam objetivar suas ideias, transformá-las em projetos e, pô-las em ação.

 

Justificativa  

 

           Cada pessoa tem um potencial guardado em seu estoque de ignorância*. Um potencial de tamanha dimensão que, polido, instigado a se manifestar, pode revelar coisas extraordinárias. Aqui o termo ignorância é usado como aquilo que a pessoa desconhece, por não haver, ainda,  se confrontado com a necessidade de externá-lo.

            Quem tem o dom para pintar, para esculpir, para cantar, para compor? Certamente toda a diversidade do ser e do fazer na sociedade humana está contida dentro de nós, e só conseguimos descobrir o nosso talento quando já viramos história.

               Todos os grandes talentos que se manifestaram ao longo da história humana certamente se surpreenderam um dia, ao ver em que se tornaram e o que pensavam em ser quando crescessem. Todos os que se destacaram só ficaram sabendo o que seriam depois que já o eram, mas, para isso, tiveram que descobrir dentro de si.

          O pintor, o carpinteiro, o pedreiro, o escultor, o médico, o político, o policial, o professor e todos os profissionais que a gente possa imaginar chegaram a ser o que são, porque esse potencial está lá, guardado no seu vir a ser.

            Precisamos, a partir desse entendimento, buscar trazer à tona o que está guardado em nossa "caixinha de Pandora", só esperando o momento para pular fora e começar a agir, a conquistar autonomia pelo fazer.

             O que há dentro de mim que ao trazê-lo à tona pode me tornar um ser melhor, fazer do mundo um mundo melhor, ser um referencial aos outros é a grande pretensão deste projeto.

 

Objetivos

 

Geral

               Proporcionar aos alunos momentos de reflexão, de estudos, de conflitos e negociações, para que eles possam atuar, de forma autônoma, consciente e responsável, como protagonistas de suas ações enquanto instrumento de empodeiramento juvenil.

 

Específicos

 

- Realizar oficinas temáticas com os alunos, oportunizando a estes a interação com recursos gráficos, sonoros e visuais, filmes e textos de reflexão, buscando contextualizar as proposições, inserindo-os no universo real.

- Promover palestras com ex-alunos da escola, que, por seus esforços e méritos, conseguiram projeção pessoal na sociedade.

- Incentivar o aluno a formular uma ideia, a descobrir algo que ele possa fazer, sozinho ou com o apoio de um grupo, que se reflita positivamente em benefício de alguém, da comunidade, do país, do planeta.

- Mediar o processo de parimento de ideias pelos alunos e desenvolvimento de seus projetos, fazendo as avaliações pertinentes e os ajustes necessários.

- Oportunizar ao aluno a apresentação em público da experiência vivenciada por ele, mediando o desenvolvimento do seu processo de autoafirmação e encorajando-o a valorizar sua exposição.

- Desenvolver oficinas, seminários e reuniões com o grupo de apoio do projeto.

 

Metodologia

           

         No gerenciamento do projeto será adotada uma metodologia flexível e dinamizadora das ações a serem desenvolvidas.

             O embasamento dos alunos às práticas a serem por eles vivenciadas será realizado através de oficinas com os mesmos, onde far-se-á  uso de filmes, músicas e reflexões expositivas e dialogadas pelos professores de disciplinas, ou série/ano, e pelos grupos de exposição da proposta.

        Os professores serão inseridos no projeto como atores do processo e colaboradores. Para tanto, participarão de oficinas e seminários, onde serão discutidas as situações e buscadas as soluções.

           Os alunos definirão seus projetos e negociarão com o professor a forma de trabalho, a composição do grupo e os apoios que eles irão precisar. Os grupos poderão ser constituídos pelos alunos, com o máximo de cinco componentes, inclusive de séries/anos diferentes. Os professores dos alunos que constituírem grupos entre séries/anos diferentes deverão manter uma postura de interdisciplinaridade, fazendo a interconexão com os demais professores, para orientar o processo de mediação aluno-saber.

           No decorrer do projeto, todos os servidores da escola - professores, serventes, merendeiras, vigias, diretores, coordenadores - estará à disposição dos alunos para ajudá-los a concretizarem suas tarefas.

            As ingerências, conflitos, avanços e retrocessos serão analisados, avaliados e repensados nos seminários, onde serão buscadas novas alternativas, prático-teóricas para os dilemas enfrentados.

            A exposição dos projetos desenvolvidos pelos alunos será realizada na escola, em forma de relato de experiência.

           Por ocasião da exposição, será formado um grupo de oito componentes, que deverá avaliar todos os projetos apresentados pelos alunos. O grupo defirirá, até o terceiro mês após o lançamento do presente projeto, os critérios a serem utilizados para avaliar os trabalhos dos alunos.

            O projeto será lançado, no máximo, quinze dias após o início do ano letivo, e encerrado nos dois últimos dias letivos do primeiro semestre.

 

Avaliação

 

           As atividades e ações realizadas pelos alunos durante o semestre, no decorrer do desenvolvimento de seus projetos, deverão ser aproveitadas pelos professores enquanto indicadores de desenvolvimento dos mesmos, a ser computado no segundo bimestre, promovendo-se, dessa forma, uma avaliação qualitativa constante do processo de evolução deles. Ficam resguardados 5,0 (cinco pontos) da nota do segundo bimestre - 50%, portanto - para avaliar o projeto dos mesmos. Essa pontuação fica assim distribuída: 4,0 (quatro pontos) para o professor titular do aluno, e 1,0 (um ponto) para o grupo de avaliação dos relatos de experiências. 

            Espera-se que o projeto dos alunos e o envolvimento destes possibilite ao professor identificar, na dinamicidade do processo, atitudes e comportamentos que sinalizem a evolução dos discentes enquanto pessoas e enquanto aprendentes, bem como sua familiaridade com os conteúdos mobilizados, para alcançarem as intencionalidades assumidas pelos mesmos. 

      Os professores promoverão a avaliação de seus próprios desempenhos, enquanto mediadores do processo de aprendizagem do aluno e agentes de transformação, por meio dos seminários, onde refletirão sobre a sua prática, e, a partir da reflexão, promoverão os ajustes necessários ao seu fazer pedagógico, de modo que este se identifique com a prática pregada pelas novas abordagens pedagógicas. Tais abordagens defendem a formação permanente do professor, propondo como alternativas aos novos dilemas, um professor autocrítico, pesquisador de sua própria prática, um professor prático-reflexivo. Pimenta (2002), Kincheloe (1997), Lüdke (2001) e Schön (1997) e (2000).

 

 

 

Bibliografia

 

KINCHELOE, Joe L. A formação do professor como compromisso político: mapeando o pós-moderno/trad. Nize Maria Campos Pellanda. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

LÜDKE, Menga.[et.al].O professor e pesquisa. Campinas: Papirus, 2001. Série Prática Pedagógica.

PIMENTA, Selma Garido. De professores, pesquisa e didática. – Campinas, SP : Papirus, 2002.

SCHÖN, Donald A. Educando o Profissional Reflexivo: Um Novo Design Para o Ensino e a Aprendizagem. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SCHÖN, Donald A. Formar professores com profissionais reflexivos. In Os professores e a sua formação. Coord. António Nóvoa.- 3ª ed. Lisboa – Portugal. Publicações Dom Quixote, Ltda, 1997.

 

 

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