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Boas vindas
 
 
Bem vindos à Escola Estadual Antônio de Azevedo!

 

 



Atenciosamente,

 

 

Professor Mário Fernandes Sobrinho,

​Diretor da escola

BIOGRAFIA DO DIRETOR DA ESCOLA

Dados Biográficos

 

 

Mário Fernandes Sobrinho

 

 

Mário Fernandes sobrinho, cidadão jardinense desde 1993 por força do Decreto Legislativo de nº 015/93, nasceu em São José do Seridó, no dia 06 de maio de 1962. Seus pais, Antonio Fernandes de Araújo Filho e Josefa Medeiros de Araújo, casaram cedo, constituindo uma prole numerosa: 16 filhos, 07 do sexo feminino e 09 do sexo masculino. Começou a trabalhar muito cedo para ajudar no sustento de casa, e só em 1972, já com 10 anos de idade, ingressou na primeira série do Ensino Fundamental. Até os 16 anos de idade viveu junto aos pais e irmãos, em São José do Seridó. Alguns anos em sítios arrendados pelo pai, e outros na cidade. Em 1976 concluiu o Ensino Primário e fez o Exame de Admissão, ingressando na 5ª série em 1977. Em 1979 sua família foi morar no Estado do Maranhão, de onde só retornaria em 1982, graças ao desejo de estudar e se fazer na vida. Sempre teve em mente que o estudo é a única fortuna que o tempo não acaba. Em 1983 começou a cursar a 7ª série em São José do Seridó, e a trabalhar na castanha na Fazenda Caatinga Grande, numa unidade de produção da Medeiros e Cia. Nesse mesmo ano a empresa transferiu a unidade para Jardim do Seridó, e ele veio a residir em na referida cidade, com uma turma de jovens são-joseenses. Aqui cursou a 7ª série, na Escola Cenecista Professor Jesuíno Azevedo. Em 1984 a Medeiros fez uma redução no seu quadro de funcionários, e ele pediu demissão, indo morar em Natal, com a irmã Neide Moisés. Na Capital trabalhou como fiscal de seção na Marisa. Em 1985 retornou a Jardim do Seridó, e botou uma venda de cal. Passou a cursar a 8ª série do Ensino Fundamental, também na Escola Cenecista. Como não tinha família em Jardim, ficou morando na casa de Menina de Jósimo Azevedo. Em 1985 casou-se com a Professora Marluce de Azevedo Fernandes. Cursou o segundo grau de 1986 a 1988, período em que trabalhou como biscateiro, monitor no CSU e ajudante na queijeira de Zé Barbosa. Em 1987 nasceu seu primeiro filho, na verdade, filha, Emanuele de Azevedo Fernandes, e em 1989 o segundo, Emanuel de Azevedo Fernandes. Em 1989 fez concurso para professor da Rede Municipal de Ensino, ingressando na carreira do Magistério, e em 1990 ingressaria também, através de concurso, na Rede Estadual. Em 1991 iniciou o Curso de História na Fundação Francisco Mascarenhas. Em 1992, por transferência compulsória, ingressava na UFRN, Campus de Caicó, de onde sairia em 1996 portando o título de Bacharel e Licenciado em História. De 1999 a 2001 fez Especialização em Formação de Professores, numa perspectiva interdisciplinar, no Campus de Caicó – UFRN. Em 2005 fez nova especialização, dessa vez em Supervisão Escolar. Em 2006 fez Vestibular para o Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, vindo a concluir em 2008. Consciente do valor do estudo, Mário é um eterno leitor, e por isso mesmo está sempre produzindo alguma coisa. Por ocasião da conclusão do seu Curso de História, escreveu a monografia “A Comercialização do Xique-xique em Jardim do Seridó-RN, de 1979 a 1992, Caicó-RN, 1994”. Ainda na UFRN, participou, juntamente com Adriana, Ivana, Maria Tereza, Noaldo e Vânia, da elaboração do “Livro Seridó Antigo História e Cotidiano, organizado pela Professora Maria das Dores Medeiros, com capítulos como se vivia nos sertões do Seridó (século XIX aos meados do século XXI), livro editado pela EDUFRN, Editora da UFRN”, já na segunda edição, em 1997. Na primeira especialização defendeu, sob a orientação do Professor Mestre, Alessandro Augusto de Azevedo, a monografia: “Conhecimentos e Saberes: Reflexos a Identidade Profissional do Docente, Caicó/2002 – UFRN – Caicó”. Na segunda especialização, sob a orientação da Professora Mestra, Maria Dalva de Souza Oliveira Dias, escreveu a monografia: “A Difícil Integração do Jovem da EJA ao Ensino Médio. Patos-PB, 2006”. Em 2004, coordenou, junto a professores e alunos da EJA da Escola Estadual Antônio de Azevedo, a elaboração do livro: “Buscando Raízes: Um resgate de Fragmentos da Memória Social em Jardim do Seridó”, experiência que lhe rendeu o prêmio “Mérito Potiguar da Educação”, 2ª edição, na Categoria Professor, da Secretaria de Educação do Estado do RN”. Possui mais de 100 trabalhos escritos, entre poemas, poesias, crônicas e fragmentos de histórias de vida, alguns já publicados pelo Jornal Araponga, a exemplo de “crônicas Adormecidos, Calango Morto, Dedos de Prosa, e dos poemas e poesias Falando Sério, Caminhantes, É Preciso Voltar Sempre, Lapsos de Memória, Caminhando”. A maior parte de seus trabalhos está em fase de correção. O professor tem também uma história registrada na política estudantil e de Assistência Social. Em 1987, respirando os ares da liberdade política dos pós-Ditadura, participou ativamente, junto com os professores Gilvani Silva, Marcos Jardim e Janildo, da criação do Grêmio Estudantil Zairo Araújo Coutinho (GEZAC), sendo o seu primeiro presidente, eleito pelos alunos. Em 2001 criou, juntamente com Mozart dos Santos, Maria Clara, Rejane, Ione Cunha, Maria José Lucena e Ubirajara Viegas (Bira do Ibama), a Associação de Amparo Mútuo aos Jardinenses, sendo o seu primeiro presidente. Na vida pública assumiu as funções de supervisor de Administração Escolar da Secretaria Municipal de Educação e Cultura em 1989. Em 1992 foi nomeado Secretário Municipal da Agricultura, Obras e Serviços Públicos, com a incumbência de concluir o canal de drenagem Desembargador Benício de Melo Filho, iniciado por seu antecessor Mozart dos Santos Medeiros, que se afastava para concorrer a uma vaga na Câmara Municipal. Em 1994 exerceu as funções de Chefe do Setor de Apoio ao Ensino Fundamental, e depois, Diretor do Centro Municipal de Ensino Rural, Mariinha Sampaio, criado em dezembro de 1993, para regulamentar a situação das unidades escolares da zona rural. Em 1997 foi convidado a assumir a Secretaria Municipal de Administração, por 120 dias, cobrindo a licença gestante da então secretária, Rejane Maria de Azevedo Medeiros. Em 1992 fez parte do grupo de apoio aos trabalhos de criação do Museu Histórico de Jardim do Seridó, o grupo presidido pela professora Tarcísia Nóbrega. Em 2003 foi convidado para assumir a Direção da Escola Estadual Antônio de Azevedo, de onde havia sido expulso, em 1999, por perseguição política, mesmo sendo professor efetivo do quadro da escola, desde 1990. Em 2005 foi convidado para assumir a Secretaria do Gabinete Civil da Prefeitura de Jardim do Seridó, renunciando o cargo de Diretor, por receio de não conseguir atender às demandas das duas funções. Em 2005 fundou também o Jornal Araponga, permanecendo até hoje como Diretor e colaborador. Em 2006, por ocasião da implantação da Gestão Democrática na Rede Estadual, voltou a assumir a direção da Escola Estadual Antônio de Azevedo, estando agora eleito democraticamente por alunos, pais, professores e funcionários. Hoje é Secretário Municipal do Gabinete Civil de Jardim do Seridó, Diretor da Escola Estadual Antônio de Azevedo e Diretor do Jornal Araponga.

 

Jardim do Seridó-RN, 01/11/2007.

OBS.: Mário Fernandes Sobrinho é o atual Diretor da Escola Estadual Antônio de Azevedo. De 2011 para cá, muita coisa aconteceu na vida desse cidadão jardinense, sendo que sua biografia não está atualizada.

NOSSA HISTÓRIA

Uma escola chamada Antônio de Azevedo

 

I - História

 

A Escola Estadual Antônio de Azevedo foi criada no dia 08 de julho de 1910, por força do Decreto de número 225, com a denominação de “Grupo Escolar Antônio de Azevedo”, em homenagem ao fundador da cidade de Jardim do Seridó. A escola foi inaugurada no dia 12 de fevereiro de 1912. AZEVEDO (1988)

Do ano de sua fundação ao ano de 1929, quando foi inaugurada a sede da escola, o atual prédio, situado à Praça Dr. José Augusto, nº 220, perfazendo um período de 19 anos, a escola ficou funcionando, segundo AZEVEDO (1988), em um prédio de construção antiga, situado à margem do riacho da usina da Medeiros e, segundo Dona Maria do Céu de Albuquerque, ex-diretora da escola, em depoimento de 2003, no atual prédio onde funciona a Escola Municipal Professora Calpúrnia Caldas de Amorim, à Av. Dr. Fernandes, nº 447.

Em 23 de novembro de 1921, através da Lei nº 47, a intendência de Jardim do Seridó autorizou o presidente da mesma, Heráclio Pires Fernandes, a vender o antigo edifício do Grupo Escolar Antônio de Azevedo, a fim de construir um prédio adequado ao funcionamento da escola. Segundo Moreira (2007 p. 1), a localização do grupo era inadequada ao funcionamento da escola.

Em 1928 o prédio foi concluído à Praça Dr. José Augusto, nº 220, tendo como pedreiro o caicoense José Elias. O prédio foi inaugurado no dia 1º de abril de 1929, tendo as seguintes dependências básicas: 03 salinhas na entrada, onde funciona a diretoria e os serviços técnico-administrativos e burocráticos, e a sala de acesso ao prédio; 02 salas de aulas de um lado e do outro; 01 grande salão onde se realizaram festas e outros eventos na cidade. No período de aulas, o salão era (e ainda é) dividido com tabique, dando origem a duas salas de aula.

Entre um bloco e outro há um grande pátio, e no final do pátio, após o palco da sala de eventos, 03 banheiros para as meninas e, do outro lado, 03 banheiros para os meninos. Após o banheiro das meninas ficava, num plano rebaixado, a cozinha, conforme depoimento de Edilma da Cunha Paulino, ex-aluna da escola, e João Firmino dos Santos, carpinteiro que realizou alguns trabalhos na escola nas décadas de 70 a 2011, ambos em depoimentos prestados em 2003.

Havia, ainda, uma muralha alta com uma escadaria, através da qual o zelador da escola enchia a caixa d’água, com a água que ele mesmo transportava de um cacimbão existente no Rio Cobra, disse Dona Maria do Céu de Albuquerque.

Até o ano de 1969 o Grupo Escolar funcionou normalmente, atendendo aos alunos de 1ª à 4ª séries. Nesta época, a instrução estadual em Jardim do Seridó consistia no ensino de 1ª à 4ª séries, no Grupo Escolar Antônio de Azevedo e no Ginásio Normal de Jardim do Seridó, funcionando na sede da atual Escola Municipal Professora Calpúrnia Caldas de Amorim, à Av. Dr. Fernandes, 447, oferecendo o curso de Regente de Ensino Primário, curso criado pela Lei de nº 873, de 31 de dezembro de 1952, respaldado pelo Artigo 2º do Decreto Lei de nº 684, de 11 de fevereiro de 1947. Diário Oficial (1953)

Em 1970, por força do Decreto de nº 5.261 de 12 de fevereiro, do Governo do Rio Grande do Norte, o antigo Ginásio Normal foi transformado em Ginásio Secundário, com a denominação de Ginásio Estadual de Jardim do Seridó, destinado à formação de Regentes para o Ensino Primário. No mesmo ano, 1970, o curso passou a funcionar no Grupo Escolar Antônio de Azevedo, que teria apenas um diretor para administrar as modalidades de ensino ministradas no prédio. Diário Oficial (1970)

Em 26 de março de 1975, por força do Decreto 6.632, as duas unidades, Grupo Escolar Antônio de Azevedo e Ginásio Estadual de Jardim do Seridó, foram transformadas, conforme o parágrafo único do Artigo 2º, em Escola Antônio de Azevedo, passando a compor, juntamente com a Escola 08 de Dezembro, o Centro Educacional Felinto Elísio – CEFE. A partir deste ano, a Escola Antônio de Azevedo passa a funcionar como um anexo do CEFE, sendo a ele subordinada administrativamente e pedagogicamente. Diário Oficial (1975)

No dia 28 de setembro de 1996, foi nomeado um diretor para a Escola Antônio de Azevedo, voltando a mesma a ganhar sua autonomia. De lá para cá, estiveram à frente da direção da escola vários educadores. Hoje ela é gerida dentro de uma concepção de Gestão Democrática, com diretores eleitos democraticamente pelos segmentos da escola.

O prédio possui uma arquitetura arrojada, que se impõe no cenário paisagístico local. Literalmente, ele é majestoso, construído em um plano elevado. Apesar de o terreno ser praticamente plano, ele exige um olhar diferenciado para suas linhas retas, seus frisos suntuosos, suas janelas e portas de dimensões colossais, algo que só se explica pela força do currículo oculto que define um modo de ser e do agir no espaço escolar.

Neste aspecto, é salutar a leitura que Viñao Franco (2001) oferece dos fatores que determinam a organização e distribuição espacial das instituições educacionais no construto histórico, definindo verdadeiros modelos arquitetônicos que se impõem em recortes cronológicos, definidos enquanto elemento cultural e pedagógico.

Para Viñao Franco (op. Cit), a construção da escola, enquanto lugar específico no espaço urbanístico, surge da necessidade de se diferenciar a escola dos outros prédios que disputavam o cenário paisagístico. A afirmação do lugar escola se dá em volta de uma subjetividade de cunho nacionalista, religioso e sócio material, que se objetivam a partir dos símbolos expostos em suas paredes, que expressam a linguagem dos signos.

A localização da escola, segundo o autor em análise, se impõe a partir de critérios de higiene e moralidade. Nesse aspecto, Viñao Franco (op. Cit) atribui a tendência de se elevar a estrutura física do prédio no espaço à necessidade de se ganhar um espaço sadio, destituído de umidade, com ventilação e iluminação abundantes. A moralidade dominante distanciava a estrutura física da escola de lugares cujas práticas neles desenvolvidas pudessem afetar os princípios aceitos como padrões, daí o distanciamento dos edifícios escolas, de clubes, prostíbulos, cemitérios etc. Era costume construir as escolas próximas a praças, jardins, ruas largas e espaçosas, combinando, segundo Viñao Franco (op. Cit p. 91), “a clausura ou encerramento” dos alunos no espaço físico.

As formas planas, ao substituírem as esféricas, buscam facilitar o controle e a vigilância, práticas que se materializam numa linguagem focoutiana, a partir da figura do diretor, cuja localização estratégica ocupada no espaço escola, beneficiado por uma estrutura física plana, possibilitava um olhar geral por pátios e salas, graças ao uso recorrente de portas e janelas envidraçadas.

A partir dessa leitura da escola enquanto lugar construído para uma função específica e com uma estrutura física que possibilite a operacionalização racional da função a que se presta, é fácil desenhar o perfil físico da Escola Estadual Antônio de Azevedo, cuja performance retrata uma tendência dominante no início do século XX, na educação brasileira, e que reflete, de certa forma, a tendência que se registrou na arquitetura espanhola de 1849 a 1907, onde, se dava destaque a “um grande edifício no meio urbano, com a fachada rente à rua (...) pátios internos fechados e invisíveis a partir do exterior, como claustros, fachadas imponentes, majestosas, sólidas, estruturas simétricas, com grandes alas retilíneas.” Viñao Franco (2001 p. 91)

As janelas, estilo venezianas com lâminas de vidro em praticamente 50% (cinquenta por cento) de suas folhas, deixa a luz sair durante a noite, em forma de claro abafado, exibindo o esplendor de sua esquadria dentro de uma alvenaria sólida.

No plano interno, sua arquitetura possibilita um olhar geral sobre todos os compartimentos da escola. Da diretoria, considerando apenas a parte original do prédio, é possível acompanhar, não só o movimento nas salas de aula, mas também o do pátio, da secretaria, dos banheiros, e também do entorno da escola.

Moreira remete a arquitetura do prédio “a cultura escolar da instrução pública brasileira e potiguar das primeiras décadas do século XX”, Moreira (2007, p.5), cuja distribuição espacial separava os blocos femininos e masculinos por um pátio, e deixava pouco espaço para a parte administrativa.

É compreensível que, numa época em que não havia merenda, a escola não tinha necessidade de cozinha, daí a mesma só ter sido construída na década de 70, quando o Programa da Merenda Escolar se materializa na prática da escola brasileira.

A localização próxima ao Rio Cobra, cujas cacimbas eram usadas como fonte de abastecimento de água para o prédio, de certo, facilitou, por muito tempo, a limpeza do espaço escolar, num tempo em que não havia água encanada.

As várias janelas existentes nas salas de aula, com suas dimensões de 2.46m de altura por 1,36m de largura, e em número de seis a oito por sala, dotou esses espaços de entradas de ar com mais de 3m2 , numa época em que não havia atuais aparelhos de ventilação artificial.

  

II - PATRONO

 

Antônio de Azevedo Maia nasceu na Paraíba, em 1742, sendo filho mais velho do casal: Antônio de Azevedo I e de Josefa Maria Valcácer de   Almeida.

Foi casado, em primeiras núpcias, em 13 de março de 1767, com Micaela Dantas Pereira, filha de Caetano Dantas Correia e de Josefa de Araújo Pereira, com a qual teve 13 filhos e, em segundas núpcias, com Maria José de Santana.

Em 06 de novembro de 1790, Antônio de Azevedo Maia e sua esposa, Micaela Dantas Pereira, católicos praticantes, doaram por patrimônio da Capela de Nossa Senhora da Conceição, que pretendiam construir na Fazenda Conceição, uma parte de terra da dita Fazenda. Essa capela estava pronta em 1808, quando fez o prédio de sepultura perpétua para ele e seus dependentes.

Antônio e Micaela sempre residiram na casa da Fazenda Conceição, a primeira construída em Jardim do Seridó, situada à Av. Doutor Fernandes, onde funciona atualmente o Anexo I da Câmara Municipal de Vereadores, com um telecentro.

Segundo o grande historiador norteriograndense Luiz da Câmara Cascudo, no livro das “Velhas Figuras”, volume I, página 150, Antônio de Azevedo, em 02 de julho de 1794, era nomeado Capitão da Cavalaria de Ordenanças da Vila do Príncipe, atual cidade de Caicó, pelo Governador Pernambucano, Capitão General Dom Tomás José de Melo.

Antônio de Azevedo Maia deixou traços do seu espírito progressista e de uma influência benéfica, tendo fundado o Povoado “Conceição do Azevedo”, atual Jardim do Seridó. Veio a falecer no dia 01 de maio de 1822, sendo sepultado na capela dedicada à Santa de sua devoção, hoje Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

O fundador de Jardim do Seridó pertencia às nobres famílias Azevedo e Maia de Portugal. O primeiro Antônio de Azevedo Maia, pai do fundador, era português, e foi tronco destas famílias no Seridó.

Dois membros da Família Azevedo de Portugal alcançaram as Honras dos Altares. O livro “Nobres Casas de Portugal”, de autoria do 2º Conde de Azevedo, cita: “São Teotônio, o Padroeiro de Coimbra, e o Beato Inácio de Azevedo, Mártir da Companhia de Jesus”.

As famílias “Azevedo e Maia” têm suas origens em Nobres e Reis.

Diz o Anuário Genealógico Latino, Volume 1º: “A Família Azevedo procede de Dom Arnaldo de Barão, por seu descendente Pedro Mendes de Azevedo, que foi o primeiro a adotar este apelido”. O mesmo Anuário (página 61) diz também: “Procede a Família Maia de Dom Men Gonçalves Maia, trineto de Dom Ramiro II, Rei Leão”.

A palavra Azevedo deriva do latim “Azevo”, que significa “arbusto com espinhos”.

 

II - LOGOTIPO DA ESCOLA

 

 

O logotipo da Escola Estadual Antônio de Azevedo, busca no seu simbolismo geral, retratar a história dessa construção nos seus aspectos históricos, culturais e filosóficos, registrando o percurso evolutivo, cuja durabilidade moldou-lhe uma identidade própria no contexto local, nesses 100 (cem) anos de existência.

O símbolo é constituído por uma figura esférica, de cujo centro parte uma cruz e, por trás desta, um X, aparecendo na parte externa da esfera, nas suas laterais, esquerda e direita, apenas as pontas desta, ficando invisível na parte interna da roda.

A roda possui um significado muito peculiar nas representações simbólicas, definida pelos estudiosos como o “símbolo da perfeição”. Ela, na configuração utilizada na logomarca, assemelha-se à Roda da Vida da religião Budista, como também a um leme de um navio, destituída dos ornamentais traços usados no seu interior pela engenharia náutica.

A figura em sua configuração real e guardadas as especificidades acima apontadas, assemelha-se a uma catraca ou roldana, peça que conquistou posição de destaque na indústria moderna, por centralizar o eixo de rotação, o peso dos corpos, diminuindo assim, a necessidade para movimentá-los.

Na ponta dos braços da cruz, duas estrelas amarelas, uma para cada 50 anos, sinalizam o sucesso obtido pela escola nesses 100 anos de vida. A cor branca ocupa o centro da catraca, onde se destacam duas águias em processo de voo, sobre espadas moura, símbolo dos Azevedo Maia, família de cujo núcleo se destaca no contexto histórico Jardinense, Antônio de Azevedo Maia, patrono da Escola.

As duas águias, a da esquerda em cor azul, resguarda a cor tradicional da escola, usada na maioria dos fardamentos e na bandeira que perdurou até 2008; a da direita, de cor amarela, sinaliza o ouro dado pela escola à comunidade Jardinense, ao Estado e ao Brasil, simbolizado pelos vários filhos ilustres, doutores, advogados, médicos, padres, poetas, pintores, professores, arquitetos, engenheiros, nutricionistas, enfermeiros e técnicos, nos mais diversos campos da vida contemporânea, pessoas que, no seu fazer histórico, coroaram de ouro o sucesso da escola.

O símbolo destituído de sua subjetividade visa simbolizar a escola, seguindo seu percurso feito por várias vidas de alunos, professores, diretores, funcionários e pais. Vidas que se envolveram numa história e depois seguiram suas próprias histórias. Percurso feito também por outras vidas que não se envolveram, preferindo acenar de longe.

Nessa roda da vida, onde os homens participam, e, por suas participações, são lembrados, homenageia-se através das águias, o patrono da escola.

Logo abaixo da ponta superior da cruz, entre as duas pontas do X, na metade inferior da esfera o nome “Escola Estadual”, e na metade inferior, o nome “Antônio de Azevedo”, ambos brancos, numa fonte moderna e superada pelas duas estrelas.

Acima das águias, o número 1910 (mil, novecentos e dez) simboliza o ano que foi criada a escola, ato que se concretizou com o Decreto n.º 225, de 8 (oito) de Julho de 1910 (mil, novecentos e dez), pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

 

IV – FARDA

 

A farda aprovada é constituída por uma camiseta branca com gola amarela, mangas azuis com punho amarelo, e duas faixas: uma azul e outra amarela, descendo do pé da manga do braço direito para o quadril esquerdo, com a logomarca da escola (a roda da vida), pintada sobre o peito esquerdo. O modelo confeccionado na primeira edição não se configura uma amarra na história desse fardamento, pois novos modelos poderão ser confeccionados a partir do primeiro modelo, mudando-se elementos da mesma.

A parte inferior da farda (calça ou bermuda) é azul, com destaque de duas faixas na perna direita, uma branca e outra amarela. Na branca, aparece a logomarca da escola.

 

V – BANDEIRA

 

 

A bandeira da Escola Estadual Antônio de Azevedo é constituída pelas três cores que dominaram nos fardamentos e bandeiras da escola ao longo do percurso histórico: o branco (dominante), o azul e o amarelo (figurantes). Essas cores se distribuem num retângulo de 1,50 cm (um metro e cinquenta centímetros) e 1,04 (um metro e quatro centímetros), dando à bandeira a configuração de um olho.

Horizontalmente a bandeira possui 1,50 cm (um metro e cinquenta centímetros) e, verticalmente, 1,04 cm (um metro e quatro centímetros).

No lado do cabo, de cima para baixo, as cores estão assim distribuídas: Primeiro, uma faixa amarela que inicia com 61 cm (sessenta e um centímetros), no lado do cabo e, vai estreitando de forma oval, até chegar ao outro extremo com 4 cm (quatro centímetros); Segundo, uma faixa de 20 cm (vinte centímetros), aplicada dos dois lados da bandeira. O centro da bandeira é formado por uma faixa branca no formato de um olho, que parte do lado do cabo, com 35 cm (trinta e cinco centímetros), alarga-se no meio, encontrando-se nas faixas superior e inferior, chegando ao outro extremo também com 35 cm (trinta e cinco centímetros). No centro da bandeira, a logomarca se destaca com 54 cm (cinquenta e quatro centímetros) de diâmetro. Do lado do cabo dois ilhós grandes são aplicados, um abaixo e o outro acima, sobre uma faixa reforçada da própria bandeira, com, no mínimo, 4 cm (quatro centímetros).

 

VI - LOGOTIPO DOS 100 ANOS

 

 

O logotipo dos 100 anos da Escola Estadual Antônio de Azevedo é constituído por uma águia em processo de voo, levando presa aos pés um livro que contém na capa a sigla do nome da escola.

Por traz da águia, uma esfera com o centro azul, exibe o ano da criação da escola. Nas bordas, uma faixa dourada exibe, em letras pretas a frase: “100 anos de História”. Por traz da esfera, uma coroa repousa sobre uma ramagem, caindo entre o livro e o rabo da águia uma fita que apresenta o nome “Escola Estadual Antônio de Azevedo”.

No contexto simbólico, o logotipo imprime a história da escola nesses 100 anos de existência. A águia, voando sem a companheira do brasão, expressa a autonomia sempre buscada no contexto jardinense, pelos que fazem a história da escola.

O livro representa a fonte do saber, matéria-prima que tem sedimentado nesse percurso o trabalho da escola. O dourado é o coroamento do sucesso alcançado no universo escolar, pela instituição que soube inovar, sem perder o vínculo com o seu passado histórico. Por isso, os elementos contextuais estão representados na cor dourada, a águia, a ramagem, a fita, a borda e a coroa.   

 

VII - A ESCOLA HOJE

 

Administrativamente a escola está subordinada à 10ª DIRED, sediada no município de Caicó. O prédio, sede oficial da mesma, está sendo reformado para se adequar às demandas da contemporaneidade.

Após a reforma, a escola disporá da seguinte estrutura: diretoria, secretaria, sala de professor, cozinha, depósito de louça, depósito de merenda, almoxarifado depósito, sala de vídeo, sala de informática, biblioteca, dez banheiros (sendo quatro femininos, quatro masculinos e dois para funcionários). Possui ainda um bicicletário e oito salas de aula. No pátio, rampas de acesso substituem os antigos batentes, e no meio das rampas, um pequeno jardim.

Para o ano de 2010 estão matriculados 425 alunos, sendo 167 do ensino fundamental (1º ao 7º ano), e 258 da EJA( 2º ao 9º anos), no turno noturno.

O quadro de funcionário está composto de 16 professores, 02 supervisores, 02 professores de telessala, 02 vigias, 01 secretária geral, 05 auxiliares de secretaria, 05 ASGs, 01 diretor, 01 vice-diretor, 01 coordenador pedagógico, 01 coordenador financeiro, perfazendo um total de 36 servidores.

 

VIII – BIBLIOGRAFIA

 

Fonte primária

 

AZEVEDO, José Nilton de. Um passo a mais na História de Jardim do Seridó. Gráfica do Senado Federal, Brasília, 1988.

Intendência Municipal de jardim do Seridó. Lei nº 47 de 23 de outubro de 1924. Saldo das leis e escola no Acustin.

 

MOREIRA, Ana Zélia Maria. Escola Estadual “Antônio de Azevedo”. Jardim do Seridó-RN – Tempo de Saber – Natal/2007.

 

VIÑAO, Franco Antonio. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa [Trad. Alfredo Veiga – Neto]. 2 edição. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

 

DIÁRIO OFICIAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Nº 591. Ano LXIV. Natal –Sábado, 10 de janeiro de 1953.

 

DIÁRIO OFICIAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Nº 1996. Ano LXXVII. Natal –sexta-feira, 13 de fevereiro de 1970.

 

DIÁRIO OFICIAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Nº 3.389. Ano 78. Natal – quarta-feira, 03 de abril de 1975.

 

Luiz da Câmara Cascudo, no livro das “Velhas Figuras”, volume I, página 150

 

 

Livro da Congregação dos Professores do Ginásio Normal de Jardim do Seridó do período de 1967 a 1971.

Lei nº 873 de 31 de dezembro de 1963.

Decreto nº 5.261 de 12 de fevereiro de 1969.

Decreto nº 6.632 de 26 de março de 1975.

 

Fonte Secundária (depoimentos)

 

Edilma da Cunha Paulino, ex-aluna da escola, na década de 70, e vice-diretora da década de 21.

João Firmino dos Santos, carpinteiro que trabalhou em serviços de reforma da escola nas décadas de 70 a 90,

Maria do Céu Medeiros de Albuquerque

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